Vejo o sol de muitas janelas. Nenhuma delas é minha.
Engraçado essa teimosa saudade, daquilo que ainda não se teve de
verdade.
Mas ele nem se importa. Vem e me acorda.
Muda meu humor. Aumenta o meu calor. Que de tão ansioso, já
não anda pouco.
Olhos cerrados. Cabelos trançados.
Dia maior.
Que sede que dá! De água, de beijo, de mar...
Filtro solar. Ventilador pra refrescar.
Ainda é cedo, deixe estar.
E ao se pôr, muda de cor.
As pessoas se tornam laranjas. Vermelhas. Crianças.
Dá vontade de rir. De sair. De sumir.
Derreter. Feito gelo mau cuidado.
Estilista do pecado. Encurta o vestido mais um bocado.
Encosta no meu corpo já suado. O preenche de amarelado.
Por vaidades, queimado. Por vontades, tomado.
E eu que do amor já não sei mais nada, olho pra ele
apaixonada
E solto um sorriso a convidar:
Pode vir sem aviso o meu peito ensolarar.
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