quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Agora

E o que eu faço agora
Que só o teu "boa noite"
Me devolve a paz?
Que só de te olhar
Meu corpo desobediente se entrega?
Se é que posso chama-lo de meu
Desde que conheceu o teu...
Que só de ouvir tua voz um riso me escapa?
Vários. Vão ao seu encontro como se quisessem te fazer cócegas...

Confio que a distância vá matando aos poucos o desejo.
Mas se te vejo...que medo...me perco.
E vou todo dia pondo um ponto final.
E de ponto em ponto preencho o vazio que seu corpo deixou
E te descubro tatuado no que hoje sou.


Mas quer saber? Pouco importa o que passou.
Por que agora o que nos incomoda
É a porta da vontade
Louca de saudade.
Aberta.
Escancarada.
Gritando: "Vambora? Me sequestra o juízo e vamos brindar novos agoras!"

E quando se cala, suspira escondida
Porque sabia que não duraria a vida toda
Mas que valeria por toda a vida.


"Ainda é tudo seu aqui... É tudo seu."
Luiza Possi

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